A arte da não ação

Não Ação 

a-arte-da-nao-acao é um video no qual Grão-Mestre Leo Imamura explica esse termo taoista e sua ma interpretação nos dias de hoje.

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Há muito se fala da noção taoista da “não ação”. Mas seria a “não ação” equivalente a não fazer nada. Ou seria a “não ação” algo que vai além dos nossos pressupostos de ação como “fazer a coisa acontecer” ou “Simplesmente faça”, o “Just do it” de uma famosa marca de tênis?

É sobre este assunto tão importante para a Arte de Viver nossa Própria Vida, que discutiremos nesse nosso encontro na Vida Kung Fu Penso que a “não ação” chinesa tem sido muito mal interpretada por nós, ocidentais.

Aliás, esta noção de “não ação” tem implicações estratégicas, pois a ideia é, através dela, ser mais bem-sucedido, pois é possível assim obter mais do mundo.

 Esta má-interpretação é decorrente do valor que damos para o “fazer” humano. Muitos consideram o nosso fazer inclusive mais importante que as outras manifestações da natureza. Mas quando vemos os chamados “desastres naturais”, percebemos que o fazer humano pode não ser tao relevante quanto pensamos. A não-ação significa que o homem não contraria as tendências de um processo.

Pelo contrário, ele se apoia no potencial existente numa situação, conciliando as forças externas a ele. Por isso que o agir sem agir não é identificável, dando a impressão que nada está sendo feito A noção de “não-ação” tem implicância tanto na estratégia como nas artes marciais.

A chamada energia interna nada mais é do que o aproveitamento da força externa para o próprio benefício. Quero insistir no que falei: a energia interna é resultante do emprego da força externa ao praticante de artes marciais. Esta noção está presente no Laozi, também chamado “Tao te ching”, em cantonês “Do Dak Ging”. Obra fundadora do Taoísmo.

A importância da “não ação” está na sustentabilidade de uma excelência, já que aquela fala “para mim, todo dia é final de copa do mundo” é típica de entusiasmados que não tiveram a experiencia da excelência, no sentido de ela ser a capacidade de ser apropriado a cada situação. Como seria isso na prática? Em vez de você focar na meta, foque nas condições para alcançá-la. Um vendedor que usa a “não-ação”, não vende nada. Apenas leva o comprador a comprar entendendo as suas necessidades. Um professor que age, sem agir, nada ensina. Apenas dá condições para que o aluno aprenda melhor. Um médico que atua, sem atuar, não cura. Apenas ensina o paciente a não ficar doente.

Quero agradecer a Rico Meira, Bankai Zaraki e meu querido Tiago Quintela pela sugestão deste tema tão mal interpretado por nós.

Caso queira saber mais sobre o tema escreva nos comentários. Se você gostou ou conhece alguém que poderia se beneficiar do assunto, compartilhe.

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